Essa diversidade se reflete em um conceito importante da sociedade filipina: o espírito Bayanihan. Tecendo todos esses fios culturais em um tecido social coeso, Bayanihan é a essência da bondade e da cooperação que conduz essas comunidades através de séculos de várias ondas de habitantes.

Uma ‘Pedra de Roseta’ do Pacífico?

Um dos muitos idiomas austronésios que se desenvolveram no Oceano Pacífico, o tagalo compartilha sua herança linguística proto-filipina com o havaiano, o maori e o malaio. Sem ser surpresa, há poucos registros de idiomas pré-colombianos na região do Pacífico.

No entanto, em 1992, a inscrição Laguna Copperplate foi descoberta. Datado do século IX, este antigo bloco possui escritas em javanês, malaio e sânscrito. Isso sugere uma cultura misteriosa com influências hindus nas Filipinas, muito antes da chegada dos muçulmanos no século XII, ou da expedição espanhola liderada pelo explorador Fernão de Magalhães em março de 1521.

Rejeitando 500 anos de subordinação

Esse era o início da colonização espanhola. Aniquilando vários motins, a Espanha governou as Filipinas até 1898, quando cedeu as ilhas aos EUA depois de perder a Guerra Hispano-Americana. Acabando com as esperanças filipinas de independência, os EUA estenderam esse domínio colonial. No entanto, suas três principais ilhas passaram por importantes reformas econômicas e educacionais, com modernização estrutural e urbanização.

Após sua libertação da ocupação japonesa durante a Segunda Guerra Mundial, o passo seguinte foi o reconhecimento como uma república independente em 1946. Uma vantagem dessa história cheia de retalhos é que a maioria dos filipinos é multilíngue, sendo fluentes no filipino padronizado, bem como em tagalo e inglês. Sua população jovem e em rápido crescimento aprende os dois idiomas oficiais de acordo com a Lei da Política de Educação Bilíngue de 1987.